A Garganta da Serpente

O poeta das almas

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RÉQUIEM AO MEU CORAÇÃO

O meu sol se pos mais cedo
Sem motivos pra sorrir
Triste como o mármore
Envelhecido da paixão

Minha noite sem estrelas
Lagrimas de um vazio
Onde antes existia um coração

Eu,afogando meus desejos
Em sonhos moribundos
Sem a felicidade viva e presente
A me acompanhar

Tantos crepúsculos sem dor
E as águas de Maio que foram logo
Sem remorso ao me abandonar

Eu queria que as brisas me soprassem
E que minhas tristezas fossem passageiras
Como as tempestades tremulantes

E que eu pudesse fazer mais um pedido
A lua traiçoeira,que
Devolvesse meus sentimentos
Minhas mágoas adormecidas
Minhas lágrimas cintilantes

Mas meu coração,que
Ferido pelas sombras da lembrança
e pelas navalhas do passado
não se cura no anoitecer

Eu pedi aos anjos que
me levassem a um céu estrelado
e mortal,onde eu pudesse o esquecer

Desistindo de meu sofrimento
eterno como o toque do seu ultimo beijo
Exausto nos horizontes incandescentes
Eu aguardo novamente pelo
meu coração partido
Em cacos e embriagado de volúpia
Mas cândido como virgens inocentes...


(O poeta das almas)


voltar última atualização: 19/01/2011
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