A Garganta da Serpente

Poet@ D@s Ros@s

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AMANTES

Cada parte que nos compõe
Propõe ao universo
Um verso novo
A ser compreendido.

Já não penso
Em me reencontrar.
Entreguei-me à este intenso
E aliciante mar.

Não mais me pertenço
Sou parte de teu viver
E já não sei viver
Sem teu amor,
Sem te amar.

Meu indefesso desejo
Transi o teu inconfesso pejo,
Regendo o prelúdio sem pudor
Do cabalístico ato do amor.

Tua pele em chama;
Teu cerne que floresce;
Teu âmbar que se derrama;
Tua carne que resplandece.

O açoite dos corpos
Ungidos pelo cálido suor.
Pêlo e pétala envoltos
Por algo inexplicavelmente maior.

Então, num aurifulgente instante,
Caímos rendidos pela vitória de ambos.
Selamos um cenário sem escombros,
Pois somos tudo, sendo amantes.


(Poet@ D@s Ros@s)


voltar última atualização: 05/12/2000
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