A Garganta da Serpente

Poeta dos Acordes

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O no. 2

Nasci gigante enorme e forte
Tinha os cabelos verdes
E pelos pequenos arbustos
Tinha apreço e dava proteção

Até que um dia a "besta" chegou
Separou-me de minha mãe, de meus amigos
Perdi o equilíbrio
Abracei o chão (minha última despedida)

A "fera" esquartejou o meu corpo
E o levou para seu covil inóspito e imundo
Me consumiu em seus infernos
Me dividiu segundo sua futilidade

Alicerçou o seu conforto em cima de minha desgraça
Me reduziu a setas que rabiscavam em folhas secas
os grunhidos expressivos de sua espécie animal
E assim com minha morte o "monstro" registrava a sua vida.

Eu era grande,
agora estou desaparecendo
e minhas sementes
Não germinarão...


(Poeta dos Acordes)


voltar última atualização: 14/10/2006
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