A Garganta da Serpente
este autor está sendo procurado - saiba mais

Poeta Louco<

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

SEM TÍTULOS I

Ah, se eu me libertasse do casulo
Que os meus sentimentos repreende
Se eu com uma faca ou lâmina cortante
O cortasse e me visse livre
E à áurea vida planejada
Eu tivesse acesso e me divertisse
E gozasse dos prazeres cárneos...

Estaria morto, mas já vivi bastante...
E talvez na morte, me encontre vivo
Pois na vida me encontro morto!
 

Eu preciso

Eu preciso de uma namorada
De uma nova morada
De que me ame a minha amada

Preciso de alento
Que seja falso
ou verdadeiro
Que seja o penúltimo
Ou o derradeiro
Que me seja útil...
Que me dê força
Para a vida
Ou para a forca
Que me alerte
Ou me enterre
Que me motive
A algo que nunca fiz...

Preciso de não precisar de alguém
De que os outros não precisem de mim
De na precisão encontrar um SIM
E de negar esse SIM aos outros

Preciso enfim,
Do contraste eterno em que vivo
De pesos e medidas sem teto nem piso
De regras gerais pra cada um


(Poeta Louco)


voltar última atualização: 05/09/1999
6664 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente