A Garganta da Serpente

Poison

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Tão perto

Tão perto do fogo,
Tão gostoso...
Apertos no estomago...
Tão perto do fogo...
Tão impiedoso...
Tão perto do fogo,
E ele não se apaga,
Tão perto do fogo...
Vem, me afaga...
Tão perto do fogo,
E não te alcanço...
Tão perto do fogo...
Sem um balanço...
Tão perto do fogo,
Vem, me aperta...
Tão longe de ti,
Tão perto de nada...

Tão perto de nada...
Dentro da angústia,
De alma lavada...
Tão cheia de nada...
Repleto de perfumes,
E nem assim te sinto...
Mas que fracos costumes,
Tão perto de nada...
Da poesia que pinto...
Tão longe de tudo,
Tão grande o amor...
De um palhaço mudo,
Que é chutado a rigor...
Tão perto de nada,
Inconstante até na dor...

Doce ilusão da cegueira do amor, que instante!
Em que te sonho, minha amante
Não porque que te amo imenso,
Mas por amar o que sinto e penso!


(Poison)


voltar última atualização: 24/07/2009
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