A Garganta da Serpente

Poison

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Lembrar...

Tenho olhado tanto para estas imagens tuas
Que quase acredito que elas são reais
Tenho vivido tanto com estas imagens nuas
Que quase acredito que as imagens são tudo e nada mais
Lembrar de ti tranqüila, extasiada na chuva
Quando corri para o teu coração, doce uva
Para estar próximo, dentro de ti
E nós nos beijámos e amámos, aqui e ali...
Enquanto o céu e as estrelas te abraçavam
Como eu abraçava o teu medo, o teu amor...
Lembrar de ti, sorrindo, despreocupada pela noite
Tu foste grande, brilhante e mais macia que neve
Gritando pelo imaginário, gritando ao céu de leve
E tu finalmente achaste toda a coragem para ter,
Para deixar o amor acontecer...
Lembrar de ti caída nos meus braços...
E eu choro para a minha morte no teu coração
Choro tão delicado perdido no frio
Sempre tão perdido no escuro, na canção...
Lembrar das pingas de suor em ti, do rio
De como corria lento, do amor dele
E de como amando nos afogámos nele...
Lembrar de como é bom, como sorris
A sensação de que nunca vai terminar
De que estavas a ressuscitar,
Que és tudo que algum dia quis...
E esperar, e chorar, sobre o mar
É amar, viver, merecer e lembrar
Lembrar do que tens dentro de ti
E perdoar, se o teu coração parti,
O vazio, a angústia na barriga
O choro silencioso de quem te ama
Te deseja pra toda a vida
Por ti poemas de amor aclama...
Lembrar dos de mil beijos olhares
Do carinho que te dou sem pudor
Dos afagos e dos prazeres,
Lembrar de que é infinitamente, amor!
Que te amo muito, que me amas
Que temos a obrigação de estar unidos
Que nos merecemos até nas chamas
Da vida, pelo amor erguidos!


(Poison)


voltar última atualização: 24/07/2009
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