FILHO DA NOITE
A noite dorme um sono profundo,
Uma estrela vela o calado mundo,
A brisa acaricia as plantas e a relva;
Lá longe pulsa o coração da selva.
A lua vagueia solitária entre as nuvens,
Uma cigarra ensaia um breve cantar,
A rã coaxa na margem do lago;
Lá longe o vaga-lume começa a voar.
O silêncio reina quase solene, quase total.
A calma perpassa os sentidos dos seres,
Nostálgicas lembranças dum passado real.
Então o dia acorda o presente cruel, os deveres.
Mostra as claras formas, a figura banal.
Traz de volta à vida o convite aos prazeres.
(Prof Roque)
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