AMARGO SENTIR
Aonde se foram meus ais?
Ao sol secou meu suor.
Quem riu das minhas histórias?
Onde se escondeu o amor?
Não
encontro qualquer encanto
na
clara noite do luar.
Ainda
sopram os maus agouros
do
tempestuoso mar.
Será
a rede do pescador
ou
apenas objeto para dormir?
Terá
o tempo marcado as horas
na
volúpia que tens em sorrir?
Pequei, acaso, ao pensar?
Terei magoado um pé na valsa?
Finjo que sei sem nunca saber
que foste embora naquela balsa.
A curva esconde sutil segredo,
a garça revoa e um sino toca.
Não sei se posso saber a verdade,
se negaste um beijo na minha boca!
A
brisa sobe pelas barrancas,
agita
os pensamentos nas estrelas.
O
sereno molha o rosto meu,
as
mágoas, jamais posso perdê-las!
(Prof Roque)
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