A Garganta da Serpente

Pushkin

Aleksandr Sergeevich Pushkin
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

O HOMEM QUE OUTRORA FUI...

"Tel j'étais autrefois et tel je suis encore"
André Clienier

O homem que outrora fui, o mesmo ainda serei:
leviano, ardente. Em vão, amigos meus, eu sei,
de mim se espere que eu possa contemplar o belo
sem um tremor secreto, um ansioso anelo.
O amor não me traiu ou torturou bastante?
Nas citereias redes qual falcão aflante
não me debati já, tantas vezes cativo?
Relapso, porém, a tudo eu sobrevivo,
e à nova estátua trago a mesma antiga of'renda...

(tradução: Jorge de Sena)


(Pushkin)


voltar última atualização: 01/11/2005
16902 visitas desde 01/11/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente