A Garganta da Serpente

Rafa Silvestre

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Não mais o segundo mundo!!

Não mais tenho o segundo mundo. O ar pesou e me arrancou os agrados de uma segunda vida. Ao que parece ser, fui parado, anestesiado e rompido junto com aos climas surreais que me faziam ser, ainda ser constante de momentos colhidos, um diferente.

Pensava em um andar acima, esquece um pouco regra, mas pensava que podia me controlar diante tamanha coincidência. Perdi o tal reflexo enraizado. Eram ramos, flechas puras que me controlavam na tranqüilidade de um dia comum, normal, fora o que os olhos casaram de ver. Não ache que era um padrão....Reflita um pouco sobre aquilo que está chegando no antigo mundo seu!!!

Insensato reger reticências para uma vida. Você pode parar e imaginar a olho nu o caldo grosso que transita em atitudes diversas. Mas nem pense que senti saudade. Quero mesmo urgir na vontade de rasgar as finas camadas que encaparam ao meu refúgio. Há isso mesmo?

Nem sei mais, parei de vez. Em riscos fui colocado. Numa rápida e aguçada forma de se manter seguidor de ritmos apontados, me transformei em ser diferente. Tenho sentido, colhido em virtudes e em folhas coloridas. Por que borboletas na imaginação?

Segundo mundo sempre foi isso, nada de razão - de emoção criada, aqui sempre você se sentiu acolhido em rasgos constantes de delírios, de luas, de brisas, com cheiro de velas queimadas, de incenso tosado em olhar noturno. Para que fui, então, puxado?

Transfiro sentimento para meu assopro, que de tanto alimentar rastros, fez brisa para o infinito. Não quero pensar em sorte, mas ao brisar, o aflito sentido ainda criou pernas para construir a tal da quarta intenção. Estivesse assim, trêmulo, poderia recriar, sonhar, viver, mas nem sempre.

Acordei mesmo com luz forte. Mas percebi que tive cortes. Profundos, que delirei muito mesmo. Quando foi esse rápido delírio? Me deixou transparente demais para tamanhos olhares sombrios. Perdi algum tempo? Parece que não.


(Rafa Silvestre)


voltar última atualização: 10/05/2007
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