A Garganta da Serpente

Raquel Figueiredo

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Tijolo sobre lágrima

Tijolo a tijolo seco
Ela escorria sobre cada lágrima
Ela construiu em agosto
Uma máscara dourada
Para tapar o rosto
Da tempestade daqueles dias
Daquelas noites esguias
Em cada esquina uma estrela
Entretanto NAQUELA estrela
Um olhar que se congelou no tempo

A chuva continuou sempre
Mesmo em dias ensolarados
Mesmo em noites secas
E em cada gota da chuva
Um úmido sentimento
Mas NAQUELA gota da chuva
Um amor que se congelou no vento.


(Raquel Figueiredo)


voltar última atualização: 24/04/2008
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