A Garganta da Serpente

Raquel Figueiredo

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Canção de mim

De mim vou fazer uma canção,
Para gravar na eternidade das flores.
De mim sei sorrisos e dores.
De mim não escondo o coração.
Eu sou de silêncio,
Mas também de barulho.
Eu sou de ruídos confusos
E trovões do inferno.
Sou de água com cor de fogo.
Sou de Sol gelado e Lua quente.
Eu sou Eva, Adão e a serpente.
Querubins no portal do paraíso.
Eu sou quem ninguém conheceu.
Eu sou uma das faces de Deus.
Costurando os mistérios
Com fios da minha alma,
Eu sigo a vereda com destino ao eu.

(poema premiado com a medalha de bronze pelo quarto lugar no festival ALAP de poesias)


(Raquel Figueiredo)


voltar última atualização: 24/04/2008
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