Vermelho, GuerraSangue, cólera, vingança, os hinos marciais, golpes, o incêndio, vermelho o manto dos tiranos e Marte, o astro dos combates. Da casinha à beira-mar, olhos em febre, a velha mãe argüia a distância. Lá, mergulhara o vapor que lhe roubava o filho para a guerra. A tarde passa e a noite; a velha, imóvel, marmorizada na dor, como uma escultura do Stabat Mater. E vem a aurora, uma aurora brutal de chama e sangue. A mãe do soldado caiu como morta. Ouvira, das bandas da aurora, um grito de morte e a voz perdida do agonizante era a voz do filho. (Poemas em prosa do livro "As Canções Sem Metro") (Raul Pompéia) |