A Garganta da Serpente

Regina Vilarinhos

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História de amor de Copacabana à Santa Tereza

Meu coração tropeçou nas pedras da calçada.
Caído, rolando na areia, afogou-se em verdes olhos.
O moço de peito listrado sambou sobre meu sorriso.

O poeta sentado me ofereceu o ombro,
Mas a dor não cabia no espaço de abraçar.

Bate o mar, respingam lágrimas,
Bate a vida, fogem os sonhos.
Pela janela a paisagem adormece.

Segue sozinho pelos trilhos do bonde santo.
Espera de asas abertas, às estrelas chegar.

Bate na porta, respira a lua.
Bate de novo, vai sambar.


(Regina Vilarinhos)


voltar última atualização: 15/05/2007
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