SOLIDÃO
Quão grande é a multidão
Que me cerca em vão
Superficialmente satisfaz
Mas não há como devolver-me a paz
Sem alcançar o meu coração
Que se trancafiou na masmorra,
Disse que sem você não se importa que morra
Mesmo que complacentes mãos
Se prestem a no apalpar,
Triste fim esse meu, tudo parece acabar
Morrerei de sede
Afogado no mar da solidão,
Inerente salvação, não me estende a mão
Enquanto multidões
Tentam resgatar-me com a rede
Que foi tecida
Com fios dourados de aproximação
Mas a espada que cortou meu coração
Parte-a também
Não há mais salvação
Além de você, mais ninguém
Se não queres me pertencer
E presenteia com este fim
A quem te ama tanto assim
A culpa pela qual parto, te lanço
Para que nunca se esqueças de mim
(Renata Maria dos Santos)
|