DORES NUNCA MAIS
Suba as escadarias do meu coração,
Ignorando os bramidos bestiais,
Mas não toque o corrimão,
Dói demais...
Seja ardil ante ao sangue árido,
Pois desconheces sua natureza flébil.
Avistando o portão plangente e pálido,
Subjugue sua consciência débil.
Adentre no cárcere da saudade.
Recordações líricas o atacarão,
Elas são o engodo da maldade,
Consomem-te num sentimento vão
E estraçalham tua identidade.
Se atingires o âmago arrefecido,
Plante a semente explosiva no chão.
Ignore as súplicas da donzela.
Então que da saudade brote o esquecido
E detone meu coração!
Pois o motivo de tudo foi ela...
(Renato de Oliveira)
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