Os Que Caçam Cores
Na linha indecisa do poente
Os que caçam cores sentam,
Com seus olhos embriagados
Infantis e impossíveis de se ver
Na vortex do clarão, as almas dançam
Lembrando nuvens, cantando ruídos
O azul que enfraquece, desmonta-se
Sempre com o mesmo rosto
Vigiando as cores, os programadores
Vendo os números, baseando-se
Quem poderia crer
Sem nenhum ponto final
Mesmo assim a receita
Tenha todo esse gosto
E assim lembrando
Aportam as jangadas
Os que caçam cores
Deitam-se nos seus brilhos
Sem muito o que ter
Sem ter muito o que ser
(Renato Pacheco)
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