A Garganta da Serpente

Renato Pacheco

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Os Que Caçam Cores

Na linha indecisa do poente
Os que caçam cores sentam,
Com seus olhos embriagados
Infantis e impossíveis de se ver

Na vortex do clarão, as almas dançam
Lembrando nuvens, cantando ruídos
O azul que enfraquece, desmonta-se
Sempre com o mesmo rosto

Vigiando as cores, os programadores
Vendo os números, baseando-se

Quem poderia crer
Sem nenhum ponto final
Mesmo assim a receita
Tenha todo esse gosto

E assim lembrando
Aportam as jangadas
Os que caçam cores
Deitam-se nos seus brilhos
Sem muito o que ter
Sem ter muito o que ser


(Renato Pacheco)


voltar última atualização: 02/07/2008
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