A Garganta da Serpente

Renato Pacheco

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Roleta Russa

E na faísca, eu finjo
Tu finges
O amadurecer emoldurado
Entre as cortinas marrons

O amanhecer finge
Ainda não é dia
E na faísca, eu finjo

Nas ruas cobertas
Elas se cobrem de chuva
E ela fica ali
Na estática macia do café
Rompendo sua respiração
Quando a chuva se for
O asfalto quente derrete
A chuva volta pra casa
Ainda não pode tocá-la

Frustração
É a cor dos entre-prédios
Na estática macia do café
Rompendo sua respiração
Um sorriso seco, satisfação


(Renato Pacheco)


voltar última atualização: 02/07/2008
10277 visitas desde 21/06/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente