A Garganta da Serpente

Renatto Bretas

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MORADAS NUM TEMPO DO NADA

Moradas num tempo do nada, endereço onde vejo a tristeza morar.
Moradas num tempo do nada é chegada de um trem vazio.
Ruas atravessando o sinal vermelho, colar de luzes morrendo na cidade viva.
Sem você tudo morre, tudo foge, tudo perde a razão num minuto de cem anos de solidão.
Moradas num tempo do nada é o tédio num prédio antigo, plantado no asfalto frio.
Um rio correndo pro mar da saudade.
Um azul na pedra do anel, lembra um céu navegando no sol e assim vai mais um dia...
...Sem sua pele de mel.
Moradas num tempo do nada, gaiola fechada! Você passou, eu passarinho.
Na hora certa li meu poeta. Quintana venha habitar essa morada.
Venha derramar poesias nessa solidão, conformar meu coração.
Abrir essa gaiola, quero navegar num barco a vela acesa, e ler sua poesia
Que abriga minha alma, que ilumina minha vida vazia.
Moradas num tempo do nada, ferida aberta nas nuvens...
...Nas estrelas, na lua, na terra e no meu coração.
Moradas num tempo do nada é a partida da namorada
Pra algum lugar do nunca, nunca mais.
Moradas num tempo do nada é a falta que ela me faz.


(Renatto Bretas)


voltar última atualização: 10/05/2007
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