A Garganta da Serpente

Rica Pônei

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Lento

(a Beth Gibbons, do Portishead)

Aula de nudez por fumaça de cigarro
Ao tornar-se toda serpentina
Imaterial
Ausência Presente
Orbital

Rugas e tragadas fundas
Lento
Lamentos tratados a ouro
Tartarugas marinhas gigantes
E uma voz que é o fiapo de um grito histérico
Abafado
Transborda de quase-choque interior
Corda de seda vibrando
De frio

Vista cansada
Velhice da alma imemorial
Mundos imaginários
Todos iguais
Cidades e rostos de pedra. Moais
Progresso fracassado

Os olhos de quem viu demais

O peso de três Alexandrias
Condensado numa única galáxia num ponto úmido em sua garganta
Gota infinitesimal


(Rica Pônei)


voltar última atualização: 25/04/2006
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