O vento e a poesia
Disse um poeta: poesia é vento que
Sopra nalgum lugar, é alvo incerto.
É semente lançada ao solo, a esmo.
Depois que brota, abrem-se janelas.
Almas e corações, simultaneamente.
De gente simples, como as folhas que caem.
Que flutuam no ar, em intermináveis cambalhotas.
Afinal, cairão, são como eu, que caio sem medo,
Sem preocupação, sossegado e despretensioso.
Em consciência nunca devaneei ser poeta, mas por
Ti flor do Lácio, morrerei feliz, de paixão e loucura!
(Ricardo Santos)
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