NOVAMENTE POESIA
Sinto-me alheia ao passar das horas,
mas entendo essa falta de pressa,
porque também sinto essa brisa leve
fazendo carícias nas flores do flamboyant
e percebo que ela transforma as nuvens
em belas e imaginativas formas.
Há no ar o aroma das pitangas,
que mais parecem brilhantes pingentes
adornando os finos galhos da árvore,
voando em sua direção, passarinhos
tranqüilos cruzam o céu,
entoando uma suave melodia.
Embaixo dessa imensidão azul
sinto-me, hoje, com a alma quieta,
dia que nada me escapa ao olhar,...
aos ouvidos, tudo me apura os sentidos,
por isso entendo essa falta de pressa
e o sentir da vida, outra vez em poesia.
(02.07.06 - R. Janeiro/RJ)
(Rita Costa)
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