A Garganta da Serpente

Romulo Narducci

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Trevas da Sedução

Amor,
           Paixão,
                      Luxúria.

Ó, Trevas da Sedução!
Escuridão torpe dos sentidos
Onde a alma sedenta mergulha.
Na insensatez
Que todos os homens
Se entregam
E que deixam devorar suas carnes
Na fragilidade pulsante
De seus pobres e lastimáveis corações.

Amor,
           Paixão,
                      Luxúria.

Trevas da Sedução!
Não tenteis contra minha vulnerabilidade
Na beira do infinito abismo da vida.
Deixe-me viver
Na plenitude
Da liberdade
Sem que vossas correntes entrelaçadas
O meu peito cansado oprimam.

Ó, Trevas que lúbricas oram a uivar!
Sois como bruxas a dançarem e entoarem
Cantos malévolos libidinosos.
E lá, no canto escuro da alcova
Escarnecem
De meus frágeis
Impulsos glamourosos,
No gozo mortal que meu espírito possa clamar.


(Romulo Narducci)


voltar última atualização: 26/07/2007
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