Trevas da Sedução
Amor,
Paixão,
Luxúria.
Ó, Trevas da Sedução!
Escuridão torpe dos sentidos
Onde a alma sedenta mergulha.
Na insensatez
Que todos os homens
Se entregam
E que deixam devorar suas carnes
Na fragilidade pulsante
De seus pobres e lastimáveis corações.
Amor,
Paixão,
Luxúria.
Trevas da Sedução!
Não tenteis contra minha vulnerabilidade
Na beira do infinito abismo da vida.
Deixe-me viver
Na plenitude
Da liberdade
Sem que vossas correntes entrelaçadas
O meu peito cansado oprimam.
Ó, Trevas que lúbricas oram a uivar!
Sois como bruxas a dançarem e entoarem
Cantos malévolos libidinosos.
E lá, no canto escuro da alcova
Escarnecem
De meus frágeis
Impulsos glamourosos,
No gozo mortal que meu espírito possa clamar.
(Romulo Narducci)
|