De Dia Eu Sempre Morria
De dia eu sempre morria.
E de noite nas sombras misteriosas,
Nas luzes foscas das esquinas,
No ventre das prostitutas roliças
De vez em quando eu renascia.
De dia meu antro adormece.
Movimento Rápido dos Olhos.
Meu corpo dança na mente,
Respiro, mas faleço minha carne,
Morfeu me abraça e me pede uma prece.
De dia materializo a dor.
A dor que consome a vida,
Que devora os sonhos,
Dos que a noite desprezam
Por não serem como eu, um pobre sonhador.
(Romulo Narducci)
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