O Canto das Mênades
(Para Marcella Caliari)
Musa-deusa de olhos-esmeralda.
Tu que contemplas silente
Em tua beleza plácida,
A minha palidez embriagada
De desejos & devoção
Por invadir o teu templo sagrado da lascívia...
A plenitude e a virtude de nossos corpos
Ecoam numa fusão feérica e flamejante,
Cantada e entoada com intenso fervor
Pelas mênades do meu jardim noturno.
Veja como o brilho da chama ardente da vela,
Como num ritual há muito consagrado,
Ilumina os nossos lábios sedentos
que sorvem o néctar dos delírios mundanos.
Oh, musa!
Envolva-me em teu colo diáfano,
E devolva-me a magia dourada!
Reviva o poeta errante e bacante
à dignidade dos louros de Afrodite...
(Romulo Narducci)
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