A Garganta da Serpente

.Røså.

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Cidade

Presente em dias incertos,
Vejo nebulosidades calmas.

Segundos apunhalam o dia,
Ferindo as horas certas no tempo errado.

A cal desbota na chuva,
E a solidão chega fria às paredes coloridas.

A vida segue pela janela,
E a saudade começa e termina ao meio-dia.

As plantas na janela são mudas,
Calam de compaixão.

A terra circula e percorre a cidade,
Se encontra no vendaval.

A felicidade marca data na cidade,
Uma vez por ano no carnaval.

O resto dos dias são cinzas,
Poeira de chumbo e metal.

Da janela eu vejo a cidade,
Sua dor não me faz mal.

É a só a melancolia,
Chegando depois do temporal.


(.Røså.)


voltar última atualização: 19/04/2007
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