Bode
Estou como chesseburger,
sem queijo.
Sanduíche sem nome.
Minha poesia,
não mais sacia
minha fome.
Ficou vazia.
Perdi o apetite.
Meu lirismo,
vai pedir o desquite.
Esse é apenas um
pra treinar o jejum.
Anorexia,
até de beijo.
Poema de bode,
vê se pode!
(2005)
(Rosa Pena)
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