A Garganta da Serpente

Rose Stteffen

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O Pão do Pecado

Sem herança de sonhos conquistados, solucionados, sequer vislumbrados, resolvi entregar meus dias para algo que ainda desentendia.
Não posso vê-lo, porque peco em mim por ti, e segundo acusação implícita, o inferno arde a minha espera.
Fujo de ti, não por temor ao fogo endiabrado que dizem, aguarda-me, mas por saber que viestes de tal perdição, que somente esta tua fé na hora exata te salvou.
Não irei eu usurpar de tua mente o céu dourado, donde querubins alados, te juravam salvação.
Que deste querer somente eu seja a penitente.
Fiz-me fornalha e de trigo e fermento, fizestes o pão de minha perdição, que agora degusto como herege solitária para que te olhando, não venhas a te tornares pagão.


(Rose Stteffen)


voltar última atualização: 03/03/2005
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