A Garganta da Serpente

Rose Stteffen

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Dama

A Dama profana em instantes todo o tabuleiro
Altiva, transpõe a todos, rendeira como ela só
Dispõe dos desejos que lhe chegam sobejos
Ela lança ao pó, de onde vieram e retornarão
Ao simples toque de suas mãos que criam mistérios
Translúcida e lúcida, elucida a todos numa carícia
Em seu querer não tocam nem repicam sinos
Não é nem fênix, nem se dobra feito cantiga antiga
Lenda viva, música inédita, edita segredos dentro de si
A Dama faz a triangulação inexata por detestar perfeição
E sobrevoa o tabuleiro como guerreira de qualquer estação
Todos almejam encimar-se, mas ela em seu vôo lúdico
Ilude todos os órfãos de citações reeditadas em variadas versões
E calma continua seu passeio até lá, onde se torna e retoma a anfitriã


(Rose Stteffen)


voltar última atualização: 03/03/2005
6053 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente