PENSO
na rua
rimo
rumo para o infinito
esquisito
esquecido
de tudo
de
tédio
de
ti
de
todos
na rua
remo
navego
esfrego o nariz no chão
no
céu
na
sua boca
na rua
eu ando
mas...
ando sozinho
não paro no meio do
caminho
nem na casa do
Drummond
nem de ninguém
na rua
penso
paro
penso
paro
penso e...
(Rubens Cavalcanti da Silva)
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