A Garganta da Serpente

Rubens Cavalcanti da Silva

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

MADRUGADA

a madrugada ainda dorme...

as almas
ávidas por começarem um novo dia
ainda sonham nos volantes de seus veículos

nas veias
da grande metrópole-cinza-poluição
algo me chama a atenção...

e num balcão qualquer da São João
tomo meu café, em pé
enquanto finjo ler um mangá
tentando impressionar uma japonesa ao lado

faz frio calor chove e só falta nevar
tudoissoaomesmotempo
mas creio que em Sampa é assim mesmo

então saio a esmo
ansiando encontrar comigo mesmo
na Ipiranga

mas...
alguma coisa acontece no meu coração
diz Caetano, no radinho do camelô


(Rubens Cavalcanti da Silva)


voltar última atualização: 08/02/2011
50255 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

  • Vidraça
  • Cidade
  • Visão
  • Madrugada
  • Janela
  • Medo
  • O dia boceja
  • Caminho
  • Nublado
  • Penso
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente