A Garganta da Serpente

Rubens Costa

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A NOVA ORDEM MUNDIAL

Um dia que se velou,
O mundo se revelou.

Olhávamos o céu na sua vastidão,
E, o chão, na sua restrita dimensão.

Astrologia e Astronomia,
Unas, vasculhavam a suprema Anatomia.

O Homem e a Natureza.
A Natureza e o Homem.

Seres, vindo do lá,
Ensinavam aqui, livremente.

Instruindo e cuidando
Da sua herança genética.

Um dia que se velou,
O mundo se entrevou.

Pois migrou, ao nosso orbe,
Uma energia torpe.

E a treva se fez,
Minguando o ser, no sonho do ter.

Deu-se, então, o início
Da Nova Ordem Mundial

Aos poucos, e de forma planejada,
A nossa origem foi sendo apagada.

Aos poucos, e de forma orquestrada,
Uma nova ordem foi sendo implantada.

E tudo foi sendo esquecido...
E tudo foi sendo admitido...


A Natureza, sozinha ficou.
A Natureza, sofrida sangrou.

Um falso reino se instalou,
Pois, falso, era o seu mentor.

Visando comandar,
Dividiu para reinar.

Religiões foram criadas,
Fronteiras, devidamente, demarcadas.

Fomentaram as diferenças.
E, com elas, as guerras.

Ocultos, financiaram
Os dois lados, sempre!

Apresentando a conta aos vitoriosos,
Submetendo a conta aos derrotados.

Ricos, eleitos, superiores.
Pobres, classificados, inferiores.

Doenças, criadas, implantadas.
Curas, milagrosas, cobradas.

Reinados, esmagados.
Impérios, fomentados.

O tempo passou.
O Homem ficou.

Ficou distante da sua essência,
Divina e Imortal.

Agora, no momento final,
Do cronograma original,

A cartada final...
... A subversão dos valores.


Filhos, malcriados,
Matando pais desinformados.

Menores, assassinos,
Matando seres desprotegidos.

Traficantes, submetidos,
Viciando jovens perdidos.

Imprensa, dominada,
Vomitando, a verdade, manipulada.

E, na perda dos valores,
O terreno fértil...

Ocidente, contra Oriente.
Oriente, contra Ocidente.

E, na perda dos valores,
O terreno fértil...

Guerras éticas.
Guerras moralizantes.

O domínio do petróleo.
O domínio da água.

E, no ápice do caos,
Quando tudo parecer perdido...

Ela, finalmente, vai se apresentar,
Como a grande salvadora mundial.

Provendo a fome que ao mundo causou.
Provendo a mentira que ao mundo gerou.

Implantando, finalmente, uma única religião; agora oficial.
Implantando, finalmente, uma única moeda; agora oficial.

Implantando, finalmente, uma única língua; agora oficial.
Implantado, finalmente, o seu deus; agora oficial.


E todos vão sorrir,
E todos vão cantar,

E todos vão aclamar,
E todos vão idolatrar...

A Nova Ordem Mundial.

(14/04/2003)

(Rubens Costa)


voltar última atualização: 08/04/2008
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