A Garganta da Serpente

Rubens Costa

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EU, SUBSTRATO

Mais uma idéia surge,
De tantas que já tive,
De tantas que terei.

Surge do nada,
Ganha corpo,
Invade a minha mente,
Embriaga a minha alma.

Vivo, então, assim,
Perdido na paixão,
Que aflora e cresce,
Subtraindo o horizonte.

Raramente dão frutos,
Algumas vezes, flores,
Quase sempre, ilusões.

Não importa,
Todas morrem,
Sob o implacável ciclo,
E apodrecem aos meus pés.

E delas,
Transmutadas,
Recrio-me no
Substrato de mim mesmo.

(26/09/2005)

(Rubens Costa)


voltar última atualização: 08/04/2008
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