A Garganta da Serpente

Rubens Jardim

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O INVISÍVEL POEMA

Aqui se cruzam os caminhos
de épocas remotas e atuais.
Neste espaço finco os beirais
desta casa onírica.Meu ninho

é esta escrita em pergaminho.
São as fantasmagorias banais,
os sons obsessivos das vogais
e as libações efêmeras do vinho.

Não falo de casas em burburinho,
nem de monumentos e catedrais.
Registro, apenas, nesta escrivaninha

o invisível poema em redemoinho,
capturando o lido e o olvido e os ais
escutados na partição dos caminhos


(Rubens Jardim)


voltar última atualização: 21/03/2011
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