A Garganta da Serpente

Sá de Freitas

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POSSO, PODES, ELES PODEM

Ante o Altar da existência, curvo-me,
Cantando hinos de louvor à liberdade,
No Templo do meu "eu".
Liberdade de amar, de pensar, de sonhar.
Porque ninguém vê meus sonhos,
Nem escuta meus pensamentos.

Há nuvens de esperança
Percorrendo o espaço do meu querer;
Há brisas de lembranças
Que me trazem aromas de saudade
E, juntando o passado com o presente,
Posso fazer idéia do meu futuro ou até moldá-lo...
Posso, podes, eles podem,
Porque do acasalamento do hoje com o ontem,
É que o nosso amanhã será gerado.

O relógio do tempo,
Marca-me o fim do início
E o reinício do princípio.

Já estou a mais da metade,
No declive da vida...
Mas nunca perderei a vontade
De viver liberto,
De amar vivendo
E de viver amando.

Porque nascemos do amor,
Crescemos para amar
E amamos para viver.

Se eu não amasse tanto como amo,
Não poderia saber se estou vivendo na Terra como gente,
Ou passando por ela como sombra.


(Sá de Freitas)


voltar última atualização: 19/04/2011
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