não há ninguém na cadeira
que jaz aqui,
a
meu lado
não há ninguém na cadeira
(marcada)
o sol brilha em vogais no céu azul
(em
chamas)
e o doce mormaço de risos balança a roupa no varal
não há ninguém na cadeira
(lascada)
mas a banda toca rosas,
que
rodopiam em revoada
pardais gemem orvalho
(sincopados)
mas não há ninguém na cadeira
apenas
um rastro de mim
(de
algo bom meu que foi embora)
não,
não há ninguém
na cadeira
(mas
sonhei que te amava)
(Samahara)
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