BINÔMIO
Um nada de nada de ninguém
Invade o meu vazio ser
Tão farto e saturado porém,
O absurdo escurece o viver.
A água que brota de mim
Seca o meu interior.
A vida é proceder sem fim
Qual arco-íris sem cor.
Atingi o erro por pensar
Que só ao outro pode acontecer;
Agora nego-me para me afirmar,
Para a luta com a doença vencer.
Dê-me a terra o saber necessário,
Dê-me o amor a coragem de leão
Rejeitando o desfecho involuntário
Para que o esforço não seja em vão.
(Sam de Freitas)
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