A Garganta da Serpente

Sandra Fuentes

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A dor do poeta

A dor é o combustível do poeta
Se o amor "vai-bem-obrigado"
Se tudo der certo
Não tem rima nem verso
É um livro apagado

É o avesso, o obscuro
O cinza e o denso
Que me faz imergir
Achar em mim
O verso mais puro

Venho à tona e fico atento
Aí, sim
Que sento
Escrevo
E invento


(Sandra Fuentes)


voltar última atualização: 08/09/2009
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