A Garganta da Serpente

Sandra Vaz de Faria

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Fendas do Céu

Estado incoerente
metido na coesão
do árduo dever
de tentar rimar
palavras espertas,
abertas
que levem ao sopro do vento
o código secreto do tempo.
Gesto mutante, verdade roubada,
acordo rompido,
quem foi,
quem é,
leva ao céu
uma oração.
Olhos fechados,
um sopro,
se cala,
ausente,
não sente,
e só,
vai embora.
Fendas que se abrem
e o espaço aqui se instala.


(Sandra Vaz de Faria)


voltar última atualização: 06/11/2008
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