A Garganta da Serpente

Sílfer

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Temporalidade

Em cada instante, um espaço
Em cada espaço, um momento
Em cada momento, um fato
Em cada fato, um tempo.

Medidas inconstantes, sentimentos,
Caixa de pandora aberta no meio do cosmo
E em cada movimento uma vida nascendo...ou morrendo!

Assim se faz o grande e maravilhoso tormento...
O ser sendo a cada passo o seu próprio fomento,
Plantando e colhendo na grande terra,
O infinito e inescrutável rebento.

Sou, és, fui, fostes, fomos e seremos.
A mudança incessante, a temporalidade entranhada nos ossos,
na alma, no coração e na memória.
A magia aterradora do tempo conspirando... mais um momento,
Um apressar-se para a morte ou um advir do renascimento?
Tudo pensado, pesado, embalado como o assobiar do vento.

Horas de reflexão perdem o sentido na divisão,
O instante une-se a categoria temporal e, como pássaro de asas,
Encontram-se no firmamento: o instante, o agora e o movimento...

O sublime ponto de toque, dura mais do que um piscar de olhos pode contar
E com isso, lá se vai a medida chamada tempo...
Perde-se de si e encontra a sublime afinidade que ínfimos humanos temerosamente
                                                                           chamam de eternidade!!!


(Sílfer)


voltar última atualização: 10/07/2009
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