A Garganta da Serpente

Sílvio B. Cruz

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AMOR EM CHAMAS

ela me esperava sorridente.
Abriu a porta, mal eu chegava nela.

Nosso abraço foi forte, matando uma saudade
de quatro horas, imensa, infindável. O calor emergiu,
aumentou, cruzando de um corpo para o outro, incendiando.

Nossos lábios unidos, as línguas corriam em nossas bocas,
a pele se arrepiava, enquanto as mãos ávidas, rápidas
buscavam todos os pontos de nossos corpos,
levando aquela energia efervecente...

parecíamos dois vulcões
que iriam ter erupção
no mesmo
lugar,
é!

Assim,
trocando beijos
loucos, carícias insaciáveis
e sussurros quase indecentes,

fomos lentamente deslizando até encontrarmos
o apoio da mesa da cozinha... Ali mesmo o tempo ruiu!
Louca e freneticamente as peças de roupa foram caindo,
voando...

Só queríamos invadir um ao outro... rasgar os limites...
amar!
Nossos desejos faiscavam pelos olhos brilhantes...

Explodiam nos movimentos incessantes

de vai e vem, até o momento divino
do gozo partilhado... movimento

a movimento, até a última
gota... se acalmando
no nosso repouso

abraçados,
com muita força,
sentindo o suor do prazer
rolando... pingando. Os nossos

corações, de uma aceleração desenfreada,
pareciam querer saltar do peito, agora, calmamente
relaxavam conosco, unindo ainda mais nossas almas, nessa
viagem encatadora... Como Deus foi bom conosco,
presenteando-nos
com estes MOMENTOS tão curtos... ao mesmo tempo
INTERMINÁVEIS!

(S.B.C., RIO DO SUL, S.C., BRASIL, 06/11/00/2155H)


(Sílvio B. Cruz)


voltar última atualização: 22/01/2001
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