O Viajante
Ouviu a voz sussurrante,
dizia
para esperar.
Momento vindouro,
a expectativa era lúgubre
e inevitável.
Tempos em ondas,
grãos vazando por entre
os dedos
da mão
já
envelhecida.
Estações,
auroras
e crepúsculos,
tempestades...
Passava,
passava.
Tempos vertiam em cascata,
a
água corrente
de
um lago
que
se fez mar,
oceano.
Estrelas aos poucos se apagaram,
das
flores não restaram
pétala
alguma.
Seus olhos fecharam,
adormeceu.
Sono
letárgico,
não
voltou a despertar.
(Sophia Noctua)
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