A Garganta da Serpente

Sophia Noctua

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O Sábio

Anéis de fumaça
emolduravam a face congelada
que o Sol reluzia
e lhe encolhia os olhos rasgados.
Predador natural,
              seu perfil acusava.
Em sua caverna
      o limo das paredes
      lhe fazia companhia.
                  As asas
      dos morcegos embalavam
                  seu sono.
Repousava na umidade das pedras vivas,
      caminhava sob as folhagens densas
      de árvores centenárias.
Os vaga-lumes lhe davam direção.
Aprendeu com os ventos,
      vivia entre os lobos.


(Sophia Noctua)


voltar última atualização: 11/12/2007
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