A Garganta da Serpente

Swany Cristini

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Ininterrupto

À beira da dor pungente,
alegra o frio constante
em um ferro quente
tradicional.
Com medo de capengar,
canalha causa dramalhão
num canto de embolada
fatídica.
Se não bastasse o sono cru,
embola de vez a maré
numa marinhagem robô
enferrujada.
Como se todo veneno
não fosse ainda o suficiente
ainda insiste o entulho em suas
construções.
Na busca da satisfação
de um desejo constante
o carisma ilegal impera
deslizante.
Num governo de entrelinhas
sem parâmetro de honestidade
um lençol desconexo se
estende.

Não recomeça o choro,
ele apenas perdura.
Não tem lembrete,
apenas o que há de ser.

Sempre apenas o que sempre foi.

Ininterrupto.


(Swany Cristini)


voltar última atualização: 02/03/2010
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