A Garganta da Serpente

Swany Cristini

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Apelo

Vem de cortejo quieto
Nesse zurzido sutil
Faz em minha mão
Tua xilogravura
Tira minha vestia:
Me desnuda.
Me enforca com tua réstia.
Vem resoluto sem mais
Cicios ou resmungos
Vem, que não sou
Indiferente
À tua razia.
Nem dela me ausento
E sei que, nisso
Sou sua ré
E sua safira.
Pare com essa saga!
Não me venha
De cócegas clandestinas
Para amenizar a dor.
Nem me venha
De zunzunzum
Para que o motivo
Real da palavra se esvaia.
Vem de oráculo,
Me diga suas verdades,
Sem medo...
Venha e me aceite.


(Swany Cristini)


voltar última atualização: 02/03/2010
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