A Garganta da Serpente

Tainã Nalon

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Caça

Entristeceu-te a minha quimera?
Agarra-me, é meu último afago.
Pois joga-te por minha janela e
Enseba-te os cabelos com escarro.

Miserável, não te quero tão bela!
E não te quero agarrar por acaso.
Sou tua toda, sou tua pantera,
Portanto não espera um corte raso.

Por onde me meto, por onde me escondo,
Não tenho pegadas, não faço estrondo.
Caminho por ti, violenta e rude,

Encontra-me em ti, doce plenitude.
Explora-me a alma, vil irrisão.
Idolatra-me: sou a inspiração.


(Tainã Nalon)


voltar última atualização: 21/04/2004
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