A Garganta da Serpente

Tania Montandon

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Quando a voz amiga surge!

O nevoeiro dissipa-se além da vista
A luz volta a brilhar no espírito dormente
Quando a voz amiga surge, benquista
E canta a esperança, perdia, ternamente!

O céu volta a existir e também Deus
As pernas voltam a caminhar, bens a Deus!
Quando a voz amiga surge, de presente
E conta o que é a vida, firmemente!

Meu pensamento cala-se, em contento
Meu tempo para, atento
Quando a voz amiga surge, de fato
E apresenta o ouro do abstrato!

O tormento perde a pungência, lânguido
O coração regozija, com ânimo
Quando a voz amiga surge, aprazível
E ergue o encanto do sorrir, incrível!

O desespero não arde, apequenado
Viver não dói, anestesiado
Quando a voz amiga surge, afável
E sopra bolhas de carinho, inefável!

Quando a voz amiga surge, e bem diz
Tão cheia de vida e traços gentis
Há ternura, há beleza; cultura e singeleza
Contribuindo no constructo de minha fortaleza!


(Tania Montandon)


voltar última atualização: 15/02/2011
12914 visitas desde 25/11/2008

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente