Eloqüência disparatada
A vida usurpa-me salubridade.
Não vivo, existo.
Estou a cada hora mais oscilatória.
Temo, e quando falo, digo mentiras.
Minto a mim, ao Universo,
Minto, do mentir intenso
Do meu ser intolerante
Que me diz:
O desalento eloqüente
Sobre a insolência da vida
Que em um receptáculo fisiológico
Estoura em mim: neurótica
Afim do cotidiano inadequado.
(Tatiane Gorska)
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