Mon Petit
Me dê suas mãos doce criança,
Limpe-me da sujeira na qual estou vivendo
Dentro de mim há tanta podridão
Eles conspurcaram minha inocência
Eu perdi a minha doçura
Estou suja
Eu chorei sangue
Eu bebi lágrimas
Lágrimas salgadas, que desciam até meus lábios
Tornando meu beijo salgado
O sangue turvou meus olhos
Eu me ajoelhei de dor!
Eu gritei, eu urrei...
Implorei por livrar-me dessas máculas
Dessas marcas, que me acompanharão pela Eternidade
Nos meus olhos existem as marcas das lágrimas,
Das lágrimas de sangue...
Que a criança dentro de mim verte...
Que a criança dentro de mim chora
Oh, doce criança,
Retire-me daqui....
Retire-me desse deserto interno...
Deserto que criei dentro de nós.
Oh Mon Petit, ma' Cherrie...
Sugue-me, beba-me, devora-me
Insana Criança
Profana criatura adocicada!
(abril/2003)
(Tempesty Tears)
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