A Garganta da Serpente

Tereza Carrera

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Náufraga Sobrevivente

Não pergunte quem sou,
De onde venho ou o que me marcou.
Deixa que aos poucos eu desvende
O que ainda é desconhecido.
Trago o timão seguro em minhas mãos
E a esperança que consola e acalenta .
Procuro um ombro amigo numa enseada de calmaria,
Um porto seguro para fincar minha âncora.
Sou assim, a timoneira de mim.
Venho de vagâncias palmilhadas ao sol escaldante
Que abrasa o corpo e suplicia a alma.
Enfrentando borrascas de ondas gigantes
Açoitadas pela ventania.
Vi o mar bramindo furioso vomitar desenganos em meu convés.
Sou náufraga dos tropeços da vida,
Mas sobrevivente por convicção
A tantos finais atormentados.
Chego ao entardecer da maturidade buscando paz
E o aconchego de dois braços para descansar o cansaço
E se possível
Resgatar os naufragados sonhos...


(Tereza Carrera)


voltar última atualização: 14/11/2008
11483 visitas desde 13/06/2007

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente